domingo, 15 de fevereiro de 2015

Sábado, 14 de Fevereiro de 2015.

Aos poucos, a convocação do “Pelotão de Expedição”, foi ficando reduzida à sua expressão mais ínfima. Dos inicialmente disponíveis, apenas dois resilientes permaneceram inamovíveis. 
O dia amanheceu cinzento e húmido. Um tecto baixo de nuvens coava a luz do dia e debaixo de chuviscos mais ou menos fortes, partimos rumo a Paredes, no concelho de Mortágua, para o 2º reconhecimento do PR1 - Trilho das Quedas de Água de Paredes. Pelo caminho acolhemos, formalmente, uma das mais recentes “Convidadas” no “Pelotão de Expedição” do “Por Serras e Vales” que, apesar dos evidentes sinais de uma noite com poucas horas de sono, se enturmou rapida e entusiasticamente.


A manhã foi avançando e o céu, à medida que nos acercávamos do local de início do trilho, ia clareando, quase a deixar o Sol aparecer. Estacionámos e equipámo-nos convenientemente, para iniciarmos o reconhecimento. A boa disposição e entusiasmo eram reinantes e o pequeno grupo expedicionário facilmente conseguia manter uma toada alegre e folgasona.
O percurso desenrola-se, quase sempre, por entre o verde da vegetação e floresta envolventes, ao longo das margens da Ribeira das Paredes, em cujos terrenos eram por demais evidentes os sinais da enxurrada das suas águas, extraordinariamente límpidas e cristalinas recentemente transbordadas. 


O ar, ainda invernal, prepara-se, já, para ser impregnado pela pleíde de aromas silvestres, da rica vegetação autóctone, que a Primavera há-de, em breve, fazer explodir, apesar da implacavel e triste invasão de eucalíptos. No ar, onde paira uma pureza e límpidez estimulantes, ouve-se o chilrear melodioso das aves esquivas e o constante sussurro das águas frias e admiravelmente cristalinas, que veloz e agilmente serpenteiam por entre as rochas polidas, que lhe atravancam o tortuoso leito selvagem. 


Percorrendo quase sempre o bordo irregular, escorregadio e quantas vezes traiçoeiro, das margens da Ribeira desembocamos, finalmente, no salto espectacular e íngreme, em que ela se precipita numa repreza larga e funda onde, apesar da temperatura gélida, o azul cristalino e transparente da água nos convida a mergulhar...


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