quinta-feira, 19 de março de 2009

AO MEU PAI...


Porque nesta "caminhada" longa da vida ele estará sempre presente...

" Neste dia especial

Com orgulho natural

Eu digo com emoção

Foste o melhor pai do mundo

Mas p'ra mim foste no fundo

Toda a minha inspiração "


quarta-feira, 18 de março de 2009

22 de Agosto de 2009



Caros amigos, antes de me referir ao retomar das nossas caminhadas, como o passeio do passado dia 07 de Março, deixem-me contar-lhes mais este que efectuei ainda no ano passado, mas já depois da nossa última saída:








Dia 22 de Agosto de 2008.O dia continuava límpido e o Sol ainda brilhava alegremente, quando cheguei à Praia da Ursa, escondida entre as falésias apertadas e deslumbrantes, nas imediações do Cabo da Roca, o ponto mais ocidental do continente Europeu, ou como escreveu Luís de Camões, o local “Donde a Terra se acaba e o mar começa” (in Os Lusíadas, Canto VIII).Era um destino que há muito queria explorar. Após uma viagem descontraída cheguei cerca do meio da tarde, o que me deu tempo para estacionar e fazer um reconhecimento rápido dos acessos, de que apenas tinha umas vagas indicações, a partir de leituras previamente efectuadas. Não estava ninguém no local, mas havia um Corsa “comercial” velho e um Defender estacionados, de modo que não estava sozinho.Como havia aparentemente duas hipóteses para fazer a descida decidi-me, primeiro, pela da direita, que me pareceu mais óbvia. Infelizmente só quase já muito perto do final da falésia e depois de cerca de 40 minutos de progressão exigente, é que constatei que por ali não conseguiria chegar à praia; mas o que se avistava era já um prémio antecipado.Não havia mais nada a fazer que voltar para trás e subir aquele trilho estreito e acidentado, por entre rochas aguçadas e vegetação rasteira mas densa, em passo acelerado, para não perder a maravilhosa luz do Sol, que já se derramava em tonalidades quentes, sobre aquelas paredes quase verticais.Cheguei de novo ao local de partida, ofegante e a transpirar. Ao fim de pouco tempo encontrei o outro caminho alternativo. Inicialmente parecia não se dirigir para a praia – daí não o ter preferido logo de início. Com vários desvios e uma miríade de entroncamentos, aos poucos, lá me fui orientando e se do outro lado era a vegetação e os grandes penedos aguçados que dificultavam a progressão, sendo necessário escolher bem as brechas por onde passar, deste lado a vegetação era mais rasteira e escassa e o caminho estava mais erodido, com muito material solto e rolante, para além de ter inclinações por vezes assustadoras.


Ao fim de talvez um pouco mais de 40 minutos, vários escorregões, alguns sustos e umas quantas pequenas quedas sem consequências, chega-se a uma zona menos inclinada, com mais calhaus rolados e a praia fica ali, já à vista, deslumbrante. É uma praia pequena, de areia fina, guardada pelos dois imponentes penedos da Ursa, que em tempos geológicos recuados, se devem ter separado da costa. A maré-cheia deve inundar quase todo aquele areal que fica aninhado entre as paredes quase verticais da rocha e que o Sol, àquela hora, iluminava de ocre e vermelhos vários, num espectáculo colossal e de cromatismo indescritível.Havia, afinal gente na praia. Um grupo de nudistas que fruía o fim da tarde, como répteis preguiçosos, um casal de namorados alheios a tudo o que os rodeava e uma rapariga negra, solitária, cujo corpo desnudo era ainda mais evidente no castanho aveludado da sua pele de chocolate.Dediquei-me a explorar o local de lés-a-lés e fui avaliando enquadramentos para daí a pouco começar a sessão fotográfica.Neste entretanto, desceu mais um grupo pequeno, que veio para fazer escalada nas paredes rochosas quase verticais que, de cima da falésia, escondem a praia. Treparam com as cordas e as peças metálicas que foram cravando na rocha, quase até ao topo e voltaram a descer, recuperando as peças metálicas que tinham utilizado.E pronto, eis que o Sol começa a deitar-se no oceano e era chegada a hora de colher rapidamente as últimas imagens. Seriam quase 20:00H quando comecei a subida… e ainda lá ficou o casal de namorados.
O trilho foi, curiosamente, mais fácil e até me pareceu mais rápido de fazer a subir que a descer. Quase a chegar ao local onde tinha deixado o jeep cruzei-me com mais um casal de namorados, que descia e de certeza que não iam fazer fotografias!!!...Ainda fui ao farol que estava em obras de restauro e mais à frente, ao Cabo da Roca onde encontrei um grupo de turista orientais, muito divertidos com o vento e o frio que já se faziam sentir.Iniciei o regresso, mas ao passar na Azóia, não resisti e jantei num restaurantezinho humilde, com ar de ter peixe fresco, pescado pelo proprietário, ainda naquela tarde.

sábado, 7 de março de 2009

E lá fomos nós mais uma vez...


Mais uma caminhada por caminhos exuberantes de beleza natural que nos transmitem uma sensação de bem estar e nos envolvem numa paz, embora passageira mas de uma plenitude serena e extasiante. Lá fomos e lá voltaremos sempre que for possível. Um passeio onde o cansaço se esbate no companheirismo, na vontade de sair da rotina e sobretudo na ambição de sermos aventureiros. Para que conste...